Charles Robert Darwin
(1809 – 1882) foi um naturalista britânico que alcançou fama ao convencer a
comunidade científica da ocorrência da evolução e propor uma teoria para
explicar como ela se dá: através da seleção natural. Esta teoria culminou no
que é, agora, considerado o paradigma central para a explicação de diversos
fenômenos na biologia.
Em sua viagem de cinco anos a bordo do navio HMS Beagle e
escritos posteriores levaram-no ao estudo da diversificação das espécies e, em
1838, ao desenvolvimento da teoria da Seleção Natural.
A rota do Beagle:
A rota do Beagle:
Como Darwin chegou à teoria?
Em Galápagos (ilha do Pacífico na costa do Equador), Darwin
notou que espécies semelhantes apresentam diferenças ligadas à necessidade de
adaptação ao ambiente em que vivem.
O exemplo dos tentilhões é um dos mais famosos.
Essas aves diferem-se pelo formato e tamanho de seus bicos:
em algumas espécies, eles são largos e fortes, para facilitar a ingestão de
sementes duras. Em outras, os bicos são mais longos e finos, para coletar
insetos em fendas.
Como a evolução acontece.
1. o DNA de um organismo muda ocasionalmente, ou sofre
mutação.
2. se a alteração, herdada pela geração seguinte, trouxer
vantagens ao organismo, ele irá se reproduzir mais e a mutação será difundida.
Se a alteração for prejudicial à sobrevivência da espécie, ela tende a
desaparecer (seleção natural).
3. à medida que as mutações ocorrem e se espalham durante um
longo tempo, novas espécies são formadas.
No curso de muitos milhões de anos, os processos de mutação
e seleção natural criaram espécies de vida que vemos no mundo hoje, das
bactérias mais simples até os humanos e tudo o que existe entre os dois.
Ao contrário de outros pensadores de sua época, Darwin acreditava
que a evolução não ocorre de forma linear, dos menos desenvolvidos aos mais
evoluídos. Essa premissa leva ao grande mito associado ao naturalista, de que o
homem evoluiu do macaco.
Para Darwin, nenhum animal pode ser considerado superior a
outro. Todos descendem de uma ancestral comum e as novas espécies surgem como
ramificação de uma Árvore.
Um exemplo que vivenciamos: antibióticos e resistência bacteriana.
Se você tomar um antibiótico, ele normalmente matará todas
as bactérias que atingir durante o curso de uma semana ou dez dias. Você se
sentirá melhor em apenas um ou dois dias porque o antibiótico mata rapidamente
a maioria das bactérias.
Contudo, pode acontecer de uma das gerações de bactérias
conter uma mutação que a torna capaz de sobreviver àquele antibiótico
específico. Essa bactéria vai, então, se reproduzir e todos os seus descendentes
também serão resistentes a este antibiótico. Por fim, o velho antibiótico não
terá mais efeito sobre ela. Esse processo
tem se tornado cada vez mais comum com o passar do tempo e tem preocupado
significativamente a comunidade médica.
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