Philae pousou no cometa 67PChuryumov-Gerasimenko na tarde de ontem depois de 10 anos viajando pelo espaço.
No
dia seguinte ao pouso começou a divulgação das primeiras imagens feitas pelo
módulo Philae diretamente da superfície do cometa a 510 milhões de quilômetros
da Terra, na região do cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter.
Essa imagem acima representa duas fotos
tiradas pelo instrumento CIVA, responsável por registrar os arredores da sonda.
Outras imagens revelam que o Philae pousou ao lado da parede de um penhasco.
Parece que ele não está paralelo com o chão e uma das pernas do trem de pouso
está suspensa no “ar”.
O
módulo não teve uma aterrizagem tranqüila, ele quicou duas vezes na superfície
do cometa e, segundo dados do instrumento ROMAP, que avalia o campo magnético,
o primeiro toque aconteceu com uma velocidade de 1 m/s. Ele pulou de volta para
cima a 38cm/s e flutuou por cerca de 1 km, até voltar a tocar no solo. Sofreu
novo impulso com velocidade de 3 cm/s, e voltou a pousar, desta vez para ficar.
O primeiro salto levou quase duas horas e o segundo seis minutos. A pequena gravidade
do cometa fez com que esses saltos não causassem prejuízo à sonda.
Um
dos objetivos da equipe da ESA era flagrar
o Philae intacto na superfície, através da câmera OSIRIS, instalada a bordo da
espaçonave Rossetta, mas no momento não estavam conseguindo. Os cientistas
estavam preocupados com a duração da bateria e com a obtenção de luminosidade
solar suficiente nas células solares. A preocupação era justificável pois, com
base na telemetria o Philae estava recebendo apenas 1h30min de exposição solar
por rotação o que era muito pouco se comparando à expectativa inicial, que era
de 6h a 7h.
Imagem do primeiro local de pouso, fotografado pelo Philae a 40 metros de altura |
O
tão propalado “som” do cometa são oscilações magnéticas provavelmente causadas
pela interação de partículas do cometa com raios de alta energia vindos do
espaço. Na verdade esse “som” não se trata de ondas sonoras, mas magnetismo convertido
em áudio com freqüência que o ouvido humano pode perceber. Lembramos que o som não se propaga no vácuo.Ouça aqui.
Philae descendo em direção ao cometa, imagem gerada de Rosetta |
Cometas, assim como os asteroides, são restos que sobraram da formação dos planetas e luas. Esses pequenos corpos orbitam o Sol, juntamente com todos os outros corpos do sistema solar. Os cometas estão localizados no Cinturão de Kuiper e na Nuvem de Oort, as regiões ultraperiféricas do nosso sistema. A maioria dos asteroides está localizada em um cinturão entre Marte e Júpiter. Ocasionalmente perturbações gravitacionais causam nos cometas e nos asteroides perturbações que mudam seu caminho orbital, às vezes levando-os perto de um planeta. Um objeto próximo à Terra (NEO) é um que está à 50 milhões de quilômetros do planeta.
O Philae, conjuntamente com Rosetta, deverá ampliar o conhecimento sobre cometas. Seus resultados poderão nos dar pistas para entendermos a formação do nosso Sistema Solar, como o surgimento de planetas com água e quem sabe até a origem da vida. Esta espetacular e emocionante aventura esta apenas começando.....
Fonte: www.esa.int
O Philae, conjuntamente com Rosetta, deverá ampliar o conhecimento sobre cometas. Seus resultados poderão nos dar pistas para entendermos a formação do nosso Sistema Solar, como o surgimento de planetas com água e quem sabe até a origem da vida. Esta espetacular e emocionante aventura esta apenas começando.....
Fonte: www.esa.int
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