Usando o telescópio espacial Kepler, da NASA, astrônomos descobriram o primeiro planeta do tamanho da Terra orbitando uma estrela na "zona habitável" - ou seja a uma distância da estrela onde a água liquida pode se acumular sobre a superfície. A descoberta confirma que Kepler-186F, um planeta do tamanho da Terra, ocupa a zona habitável de outra estrela, que não o nosso Sol.
Conceito artístico do planeta Kepler-286F |
"A descoberta de Kepler-186F é um passo significativo no sentido de encontrar mundos como o nosso planeta Terra", disse Paul Hertz, diretor da Divisão de Astrofísica da NASA na sede da agência em Washington.
Embora o tamanho de Kepler-189F seja conhecido, a sua massa e composição, não são. Uma pesquisa anterior, no entanto, sugere que um planeta do tamanho de Kepler-186F seja, provavelmente, rochoso.
"Nós sabemos de apenas um planeta onde existe vida - a Terra. Quando procuramos vida fora do nosso sistema solar, nos concentramos em encontrar planetas com características que imitam a da Terra", disse Elisa Quintana, cientista de pesquisa no Instituto SETI em Ames da NASA Research Center em Moffett, na Califórnia, e principal autora do artigo publicado na Revista Science. "Encontrar um planeta na zona habitável, similar à Terra em tamanho, é um grande passo"
Constelação de Cygnus |
Kepler-186F orbita sua estrela uma vez a cada 130 dias e recebe um terço da energia que a Terra recebe Sol. Na superfície de Kepler-186F, o brilho da sua estrela ao meio-dia é tão brilhante como o nosso sol aparece-nos a cerca de uma hora antes de anoitecer.
"Estar na zona habitável não significa que o planeta é habitável. E temperatura no planeta é fortemente dependente do tipo de atmosfera que ele tem", disse Thomas Barclay, pesquisador do Instituto de Pesquisa Ambiental, de Ames, e co-autor da pesquisa. "Kepler -186F pode ser considerado como um primo da Terra, em vez de um irmão gêmeo. Ele tem muitas propriedade que se assemelham à Terra".
Os quatros planeta companheiros, Kepler-186b, Kepler-186c, Kepler-186d, e Kepler-186e, giram em torno de seu sol a cada 4,7,13 e 22 dias, respectivamente, tonando-se quente demais para a vida como a conhecemos. Estes quatros planetas interiores, todos, medem menos de 1,5 vezes o tamanho da Terra.
O próximo passo na busca de vida distante deve incluir o olhar para os verdadeiros gêmeos terrestres - planetas do tamanho da Terra orbitando dentro da zona habitável de uma estrela parecida com o Sol - e medir as suas composições químicas. O telescópio espacial Kepler, que simultânea e continuamente tem medido o brilho de mais de 150.000 estrelas, é a primeira missão da NASA capaz de detectar planetas do tamanho da Terra em torno de estrela como o nosso Sol.
Fonte: www.nasa.gov/kepler
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