"Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre".(Paulo Freire)

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Estudando a atmosfera de Marte

Em novembro do ano passado, a NASA lançou a missão chamada MAVEM (Mars Atmosphere and Volatili Evolution) para descobrir como e por que o Planeta Vermelho tem perdido sua atmosfera ao longo de bilhões de anos

Depois de viajar por dez meses a sonda entrou com sucesso em órbita de Marte no último domingo, dia 21 de setembro, onde agora vai se preparar para estudar a tênue atmosfera superior do planta vermelho.

Como primeiro satélite dedicado a estudar a atmosfera superior de Marte, MARVEN vai melhorar muito a nossa compreensão da história da atmosférica marciana, como o clima mudou ao longo do tempo, e como isso influenciou a evolução da superfície e as condições de habitabilidade potencial do planeta” disse o administrador da NASA Charles Bolden. “Ele também irá nos informar melhor para futura missão de enviar seres humanos ao planeta em 2030” – disse.

Depois de uma viagem de 10 meses, a confirmação da entrada em órbita com sucesso foi recebida com dados observados no Centro de Operações da Lockheed Martin, em Litteto, Colorado, bem como pelo acompanhamento de dados monitorados no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA (JPL), em Pasadena, Califórnia.  Os dados de telemetria e rastreamento foram recebidos pela antena da estação DEEP Space NetWork da NASA, em Camberra, Austrália.


Vamos esperar, agora, o funcionamento da MARVEN para sabermos mais sobre a atmosfera de Marte.





Fonte: www.nasa.gov

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Comemore o dia Mundial do Ozônio

Assim como os seres humanos precisam do protetor solar, a Terra precisa também.

O protetor solar da Terra é chamado de ozônio. O ozônio que nos protege e, toda a vida na Terra, da radiação ultravioleta prejudicial do sol, está na alta atmosfera, na estratosfera.

Mas há também ozônio mais perto da Terra, na troposfera, que é prejudicial para a saúde das pessoas, plantas e animais.
 
Quilômetros acima da superfície da Terra uma fina camada do gás ozônio atua como um
escudo que nos protege dos raios ultravioletas prejudiciais. Crédito de imagem:NASA.


Décadas atrás os cientistas descobriram que a camada de ozônio do “bem” estava diminuindo. Ele foi se esgotando devido a ação do clorofluorcarbonos (CFCs) que eram utilizados como gás refrigerantes em geladeiras, ar condicionado e nos aerossóis. Mas a comunidade internacional reuniu-se com um acordo para reduzir substancialmente o uso dos CFCs.

A Assembléia da ONU proclamou o dia 16 de setembro como o Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio, comemorando a data da assinatura do Protocolo de Montreal sobre Substâncias quer Destroem a Camada de Ozônio. O tema para celebração deste ano é “Prevenção da Camada de Ozônio: A Missão continua”

O protocolo de Montreal até agora tem sido bem sucedido no cumprimento de algumas de suas metas, como resultado, a abundância de substâncias que empobrecem a camada de ozônio na atmosfera está em declínio  e a camada de ozônio deve se recuperar em meados deste século, em torno de 2070.

No vídeo abaixo: concentração mínima de ozônio no Hemisfério Sul de 1979 a 2013. Cada imagem é do dia do ano com menos concentração de ozônio. O gráfico demonstra a mais baixa concentração de cada ano.(Credito de imagem: NASA)


Portanto, o buraco de ozônio estará conosco por um bom tempo, mas a próxima década será cada vez melhor.


Todo mundo deve se proteger do aumento da exposição solar devido ao buraco de ozônio. Mesmo recebendo um bronzeamento leve é evidente os danos à pele pela queimadura e pelos raios ultravioletas, podendo ocasionar câncer de pele, como os melanomas. Além disso, usando óculos escuros estamos protegendo os olhos de desenvolver cataratas.

Um pouco mais sobre o ozônio e radiação ultravioleta:

O ozônio é uma molécula gasosa formada por três átomos de oxigênio (O3). Nas partes mais altas da atmosfera, numa altitude entre 25 e 30 km, encontramos os níveis mais elevados de concentração desse gás, numa camada denominada ozonosfera ou camada de ozônio. Esse ozônio filtra os raios ultravioletas provenientes do sol, protegendo o desenvolvimento da vida na Terra. Sem esse filtro, o fitoplâncton, que é a base da alimentação da fauna aquática, teia produtividade diminuída, resultando em grande desequilíbrio pata a cdeia alimentar do planeta.

Essa camada de ozônio também é responsável pela proteção de grande parte dos cultivos, pois sem ela haveria redução da fotossíntese, do crescimento das plantas e, consequentemente das colheitas. Além disso, sem essa proteção estaríamos mais suscetíveis ao enfraquecimento do sistema imunológico, enfrentando problemas de visão e câncer de pele. Por isso, o ozônio, lá no alto, é chamado de ozônio "bom".

O ozônio, no nível do solo, onde respiramos, é um poluente secundário, formado a partir de poluentes primários, como os óxidos de nitrogênio, monóxido de carbono e os compostos orgânicos voláteis, provenientes de instalações industriais e, principalmente, dos escapamentos dos veículos automotores.

A radiação ultravioleta é dividida em três partes, de acordo com o seu comprimento de onda.

Radiação UVA: se estende desde 320 a 400 nanômetros (nm).
Radiação UVB: vai de comprimento de onda de 280 a 320 nanômetros.
Radiação UVC: de 280 a comprimentos de onda menores.

Destas três radiações ultravioletas apenas a UVB oferece riscos à saúde humana. A radiação UVA não é absorvida pela atmosfera sendo impostante a sua medição, já a radiação UVC é totalmente absorvida pela atmosfera terrestre e por isso não participa das medidas feitas na superfície da Terra (ver a primeira figura).

A radiação UVB é a mais estudada de todas, ela é absorvida na estratosfera pelo ozônio, mas uma pequena quantidade que atinge a Terra preocupa, pois o excesso  dessa radiação causa problemas de saúde aos seres vivos.

A medida da radiação UVB é importante porque permite o estudo da camada de ozônio e também de sua destruição. Essa medida permite divulgar o chamado "índice de UVB" e definir de forma quantitativa se o sol está "forte" ou "fraco". Esse índice possui escala de 0 a 16, um exemplo: na cidade de São Paulo no inverno, o índice é de 5, e no verão é de 12.

Fonte: www.nasa.gov