"Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre".(Paulo Freire)

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Copa do Mundo - rivalidade na Estação Espacial

Em 26 de junho o astronauta alemão Alexander Gerst, engenheiro de voo da missão 40, raspa a cabeça do também, engenheiro de voo da NASA Reid Wiseman. Gerst usa uma máquina de cortar cabelo moldada com um dispositivo de vácuo para receber o cabelo recém cortado. Uma aposta relacionada com o futebol da Copa do Mundo entre os membros da tripulação que representam os EUA, e Gerst, um cidadão alemão que representa a Agência Espacial Européia, fez com que  os americanos, perdedores, tivessem a cabeça raspada, após a partida em que a equipe alemã venceu os americanos por 1x0.


quinta-feira, 26 de junho de 2014

Amigável rivalidade no espaço

Os astronautas americanos Reid Wisemam e Steve Swanson, da NASA e o alemão Alexander Gerst, da Agência Espacial Européia, vão torcer na Copa de 2014 para os seus respectivos países no jogo a ser realizado hoje na Arena Pernambuco. As comemorações dos gols serão diferentes e tão edificantes como as da Terra?

Os astronautas têm treinados por anos para trabalhar em equipe e estão a mais de 418 km acima da Terra a bordo da Estação Espacial Internacional.

A Arena Pernambuco, em Recife foi construído em 2013 
e capacidade para 46.154 espectadores. 
Esta imagem foi tomada do espaço pelo satélite Pléiades.
Crédito de imagem: 
ESA
Wiseman brincou com seus colegas em órbita, que o forte espírito de equipe dos EUA a bordo da estação espacial é um sinal que os EUA será, também,  mais forte no campo. "Eu acredito que vamos ganhar. São dois contra um aqui em cima, então eu acho que as chances dos Estados Unidos são muito boas", disse Wiseman durante uma entrevista em voo com a ESPN em 24 de junho.

Wiseman diz que a equipe já está verificando a sua agenda lotada para esta quinta-feira para ver como eles poderão assistir ao jogo.

Eles fizeram uma aposta: Se os EUA vencerem os americanos vão desenhar uma pequena bandeira americana na cabeça do alemão, mas se a Alemanha ganhar, os dois americanos deverão raspar a cabeça. "Vai ser divertido", disse Gerst.

Wiseman e Gerst chegaram à estação espacial dia 28 de maio, como parte da Expedição 40/41 e estão programados para passarem  os próximos meses vivendo e trabalhando nos espaço até que eles voltem à Terra, em novembro. Swansom chegou antes, em 25 de março, junto com a Expedição 39/40 e deve voltar em setembro.

A NASA tem mais conexões com a Copa do Mundo, para mais informações visite http://nasa.gov/worldcup.



Fonte: www.nasa.gov

segunda-feira, 9 de junho de 2014

A hipótese Gaia

A hipótese Gaia foi elaborada pelo cientista inglês James Lovelock no ano de 1979, e fortalecida pelos estudos da bióloga norte-americana Lynn Margulis. Essa hipótese foi batizada com o nome de Gaia porque, na mitologia grega, Gaia era a deusa da Terra e mãe de todos os seres vivos.

Segundo a hipótese, o planeta Terra é um imenso organismo vivo, capaz de obter energia para seu funcionamento, regular seu clima e temperatura, eliminar seus detritos e combater suas próprias doenças, ou seja, assim como os outros seres vivos, um organismo capaz de se autorregular. De acordo com a hipótese, os organismos bióticos controlam os organismos abióticos, de forma que a Terra se mantém em equilíbrio e em condições propícias de sustentar a vida

A hipótese Gaia sugere também que os seres vivos são capazes de modificar o ambiente em que vivem, tornando-o mais adequado para sua sobrevivência. Dessa forma, a Terra seria um planeta cuja vida controlaria a manutenção da própria vida através de mecanismo de auto regulação e de interações diversas.

Um dos argumentos utilizados pelos defensores dessa hipótese é o fato de que a composição da atmosfera hoje parece depender dos seres vivo. Sem a presença dos seres fotossintetizantes o teor de gás carbônico na atmosfera seria altíssimo, enquanto que nitrogênio e oxigênio teriam concentrações muito baixas. Com a presenças dos seres fotossintetizantes, a taxa de gás carbônico diminuiu, aumentando consideravelmente os níveis de nitrogênio e oxigênio disponível na atmosfera. Essa redução de gás carbônico favorece o resfriamento do planeta, já que esse gás é o principal responsável pelo efeito estufa, influenciando muito na temperatura do planeta. Segundo esse argumento, a própria vida interferiu na composição da atmosfera, tornando-a mais adequada à sobrevivência dos organismos.

Embora muitos cientistas concordem com essa hipótese, outros não a aceitam, discordando da ideia de que a Terra seja um "superorganismo". Um dos argumentos utilizados por esses cientista é que os fatores biológicos moldam o planeta, mas também fatores geológicos, como erupções vulcânicas, glaciações, cometas se chocando contra a Terra, que modificaram e ainda modificam profundamente o aspecto do planeta.

Discordando ou não, a hipótese Gaia nos chama a atenção para as relações existentes entre os seres vivos e o meio ambiente, e principalmente para as relações entre nossa espécie e os demais seres vivos. Dessa forma, utilizemos essa hipótese para refletir sobre os impactos que as nossas atividades estão causando no planeta Terra, pois, por enquanto, não existe outro local para vivermos.

Veja o vídeo abaixo:



terça-feira, 3 de junho de 2014

Vírus gigante na Amazônia

Saiu no "Virology Journal" - um grupo de cientistas descobriu um vírus gigante na Amazônia, denominado de Samba (SMBV). Trata-se do maior vírus isolado no país, possuindo um dos maiores genomas de sua família, os mimivirus.

Samba
A descoberta do  vírus, que habita as amebas, ocorreu a partir de uma expedição conduzida em 2011 que tinha o objetivo específico de buscar vírus gigantes. Foram coletadas 35 amostras de água do Rio Negro ao longo de 65 km a partir de Manaus.

Segundo o cientista Jônatas Abrahão, esse trabalho de pesquisa procurou provar que os vírus gigantes, ou mimivírus, estão em todos os ambientes. "Onde há matéria orgânica, como lagoas, há amebas. E amebas podem conter vírus gigantes", diz o pesquisador, em nota divulgada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

O primeiro vírus gigante já descoberto - o Acanthamoeba polyphaga mimivírus (APMV) - foi encontrado pela primeira vez em 1992, mas foi um estudo publicado em 2003 que o caracterizou como vírus gigante.

Esse vírus gigante desperta interesse principalmente pela complexidade de seu genoma. No caso do vírus Samba, seu genoma apresenta 50 mil pares de bases nitrogenadas a mais que o APMV, que possui no total 1,2 milhões de bases.


A família do mimivírus também é investigada por seu possível papel em infecções respiratórias em unidades de internação hospitalar. Eles podem estar envolvidos, por exemplo, nos casos de pneumonia com causa desconhecida.

Junto ao Sampa, os cientistas também identificaram um vírus menor, batizado de Rio Negro, que atua como um parasita do vírus gigante.

Segundo Abrahão, a hipótese é que o vírus Rio Negro seja um virófago que tem o papel de controlar a expansão do vírus Samba. "Se houvesse vírus gigantes afetando as amebas, livremente e de forma intensa, estas poderiam se extingui localmente, e os vírus gigantes desapareceriam, por falta de hospedeiro". diz Abrahão.

O estudo foi desenvolvido por pesquisadores da UFMG e da Universidade Aix-Marsille, na França.

Mais sobre o mimivírus

O mimivírus é uma espécie de vírus singular, parasita obrigatório do protozoário Acanthamoeba polyphaga (classe Rhyzopoda ou Sarcodina), por isso seu nome científico é Acanthamoeba polyphaga mimivirus (APMV). Mimivírus contém tanto DNA quanto RNA, ao contrário dos vírus "normais".



O seu genoma contém 1.181.404 pares de bases nitrogenadas, maior do que muitas bactérias, contém 911 genes codificadores de proteínas, muito acima do número mínimo de 4 genes necessários para um vírus existir. Análises de seu genoma identificaram genes nunca vistos em outros vírus, como genes responsáveis pelo metabolismo de açúcares, lipídeos e aminoácidos, inclusive genes responsáveis pela produção de sintetizadores de RNAt.

O mimivírus tem a capacidade de produzir proteínas pelos seus próprios meios e a capacidade de reparação do seu próprio genoma, sendo que todas essas propriedade nunca foram vistas em outros vírus. Neles 90% de seus genes são utilizáveis, apenas 10% é arquivo genético, passado genético ou entulho genético, ao contrário da maioria dos organismos.

Veja esta animação do mimivírus:


Fonte:www.virologyj.com/content/11/1/95
         www.g1.com.br