"Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre".(Paulo Freire)

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Pesquisa de fármacos com formigas

Cientistas brasileiros e americanos vão coletar formigas no país para pesquisar novas moléculas capazes de destruir fungos, parasitas e, talvez, até células cancerígenas. Não nos insetos propriamente ditos, mas nas bactérias que vivem sobre suas carapaças e impedem que suas colônias subterrâneas sejam contaminadas por fungos nocivos a sua sobrevivência.
Saúva carregadeira

O projeto foi aprovado pelo Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. O Projeto está previsto para durar cinco anos, e o valor do financiamento ainda não foi divulgado oficialmente.

Mônica Tallarico Pupo, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP de Ribeirão Preto é a pesquisadora principal do lado brasileiro, Jon Clardy, de Harvard, lidera pelo lado americano.

A meta, segundo Mônica, é isolar cerca de 500 linhagens de bactérias simbiontes de formigas por ano, para serem testadas contra fungos infecciosos (que atacam, principalmente, pacientes com sistema imunológico comprometido), parasitas tropicais (em especial, os da doenças de Chagas e leishmaniose) e células tumorais.

“Vamos começar pelas formigas agricultoras”, diz ela, que já desenvolve um projeto semelhante, de menor escala, com formigas saúvas. Agora serão coletadas amostras de várias espécies, de biomas brasileiros: Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica e Caatinga.
Saúva "agricultora" cuidando dos fungos

Formiga “agricultoras” refere-se ao fato dessas formigas cultivarem colônias de fungos dentro do formigueiro. Os pedaços de folhas que elas carregam para dentro das colônias não é alimento para elas, mas para os fungos, que por sua vez, são os verdadeiros alimentos das formigas. As formigas “não querem” que suas plantações sejam contaminadas por pragas, neste caso, fungos oportunistas, que não servem de alimentos para elas. E quem evita que elas carreguem esporos desses fungos para dentro dos formigueiros são bactérias que vivem em suas carapaças e destroem rapidamente esses organismos.

A meta dos cientistas é estudar essas bactérias e descobrir as moléculas que elas usam para destruir os fungos e verificar se essas moléculas servem como base para desenvolver novos fármacos.



A vantagem com relação a projetos semelhantes, que buscam moléculas com ação farmacológica na biodiversidade, é que, a “triagem inicial de bactérias já foi feito pelas formigas", aponta Mônica.


Fonte. www.estadao.com.br

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Música do Espaço

O astronauta japonês, Koichi Wakata, atualmente na Estação Espacial Internacional fez conexão musical espaço-Terra com alunos do Texas, para compartilhar e explorar a relação entre artes e exploração espacial.

Ligando os alunos diretamente com os astronautas da estação espacial lhes proporcionaram uma experiência inovadora de exploração espacial, estudos científicos e as possibilidades para futura exploração espacial humana.

Estes eventos de educação em voo são partes de uma série de eventos realizados com organizações educacionais nos Estados Unidos para melhorar o ensino da ciências, tecnologia, engenharia e matemática.Faz parte do programa de educação Rede de Aprendizagem Digital da NASA, que foi projetado para oferecer instrução interativa em apoio a longo prazo como só a NASA pode oferecer.




Fonte: www.nasa.gov

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Projeto: Andar de novo

O neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis está construindo um exoesqueleto para que pessoas paraplégicas possam se movimentar. Com esta veste robótica, chamada "Brasil Santos Dumont" ele pretende fazer com que um indivíduo paraplégico ande e chute uma bola na abertura da Copo do Mundo, na Arena Corinthians.


O exoesqueleto é uma veste que incorpora os últimos avanços da robótica. Com ele, pessoas paraplégicas  poderão voltar a andar. Os pacientes são responsáveis por controlar a máquina com a atividade cerebral. Mensagens como a vontade de andar, de se mexer ou de parar são captadas pelo robô para que os movimentos  sejam gerados. E, devido à presenças de sensores na planta do pé, o exoesqueleto também devolve ao paciente  sensações do mundo exterior.



"O exoesqueleto tem 1,78m, quase 1,80m. O peso final não está definido, porque faltam alguns testes. Será em torno de 60, 70 quilos. Mas isso é irrelevante porque o paciente não vai sentir, a máquina vai ser responsável pelo equilíbrio do paciente e por controlar o peso do exoesqueleto, enquanto o paciente determina o início dos movimentos, o término e, obviamente, o chute. Os sensores vão ficar na planta do pé e vão entregar esses sinais no braço da pessoa, que vai imaginar as pernas andando, se locomovendo e pisando no chão por meio desse feedback que recebe nos braços", explicou Nicolelis.



O neuro cientista não tem duvida de que tudo sairá como planejado na abertura da copa, com bilhões de pessoas assistindo, ao vivo, a uma das maiores conquistas  da ciência brasileira e internacional.





Fonte:http://www.copa2014.gov.br/