"Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre".(Paulo Freire)

quinta-feira, 19 de maio de 2016

A vida das estrelas

Olhando para o céu noturno as estrelas parecem ser eternas, mas não são. Elas "nascem", "vivem" e "morrem". Até mesmo o Sol, que é uma estrela de tamanho médio, um dia vais acabar. Claro, vai demorar muito, uns cinco bilhões de anos.

No princípio as estrelas têm origem semelhante: uma grande nuvem de gás e poeira, conhecida como nebulosa planetária, ou nebulosa molecular gigante, entra em colapso.  O equilíbrio da nuvem é rompido, ela se fragmenta, e cada fragmento entra em colapso gravitacional. A matéria espirala cada vez mais rápido em direção aos centro, se aquecendo também.


Nebulosa do Anel (M 57) tem 1 ano-luz de diâmetro e está situada a mais
 ou menos 2.000 anos-luz na direção da constelação de Lira.
( Crédito: H Bond et al.. Hubble Heritage Team(STScl/AURA) NASA



Quando chega ao centro, a matéria está tão quente que está no estado de plasma ionizado, a substâncias mais quente do universo. Isso tudo em poucas centenas de milhões de anos forma uma protoestrela.

O processo responsável pela produção de energia nas estrelas é a fusão nuclear de elementos leves - principalmente hidrogênio (H) e seus isótopos (Deutério e Trítio) - em Hélio (He 4) e outros elementos mais pesados. A sequência mais importante de reações nucleares que ocorrem em estrelas da sequência principal é aquela que converte núcleos de H em núcleos de He 4. No caso específico do Sol, a reação dominante é a seguinte: Inicialmente, temos 2 pares de núcleos de H, onde os 2 núcleos de cada par se fundem originando 2 núcleos de deutério(D), liberando 2 pósitrons* e 2 neutrinos*. Em seguida, cada núcleo de deutério se funde com outro núcleo de H, originando 2 núcleos de He 3 e 2 raios-gama*. Finalmente, os 2 núcleos assim formados se fundem originando um núcleo de He 4 e mais 2 núcleos de H. Na prática, os raios-gama produzidos nesta cadeia em grande parte são responsáveis pela radiação eletromagnética observado do Sol. (Ver figura ao lado)

Outra pequena fração da energia solar é produzida pela cadeia pp2 (cadeia próton-próton 2). Nesta outra cadeia, a partir da formação de um núcleo de He 3, este se funde com outro núcleo de HE 4 formando um núcleo de Be 7 e um raio-gama. O Be 7 decai para um núcleo de Li 7 com emissão de um elétron e um neutrino. Por fim, este núcleo de Li 7 formado se funde com um núcleo de H, produzindo 2 núcleos de He 4. Estoma-se que apenas cerca de 15% de toda a energia do Sol é produzida por este outro processo.

Esta "bolha de gás" (proto-estrela) quente tende a expandir, mas não muito, porque existe uma força que a mantém comprimida: a atração gravitacional de sua própria massa. O cabo de querra entre essas duas forças poderosas vai dominar a vida da futura estrela

O que vai acontecer a seguir depende da massa que ela acumulou.

Estrelas com tamanho até 8 vezes o tamanho do nosso sol têm uma vida mais longa e rica. Tomando como exemplo o nosso Sol, ele deve queimar como estrela amarela, transformando hidrogênio em hélio, por 10 bilhões de anos, mais ou menos (ele está na metade deste ciclo). Estrelas menores têm temperatura menor e queimam por mais tempo.

Depois de ter transformado parte do hidrogênio em hélio, o processo para e a estrela contrai, aquece e expande novamente, desta vez como uma estrela gigante vermelha, que transforma hélio em carbono, cálcio e outros elementos químicos.

Mas esta fase da vida não dura muito. Dois ou três bilhões de anos depois de se tornar uma gigante vermelha, o processo de conversão do hélio termina, e as camadas superiores da estrela caem sobre seu núcleo, aquecendo-o rapidamente e gerando um "flash" de hélio que é quase uma explosão, expulsando as camadas exteriores da estrela para o espaço. As camadas expulsas vão formar o que chamamos de nebulosas planetárias. O fim o que sobra é uma anã branca, uma estrela feita de carbono em alta pressão - um diamante, que vai esfriando lentamente até que alguns trilhões de anos depois se torna um carvão frio no espaço. Este é o destino do nosso Sol.


Nebulosa planetária NGC 3132 com uma Anã Branca no centro.
 ( Crédito: H Bond et al.. Hubble Heritage Team(STScl/AURA) NASA


Qualquer estrela que seja maior que dez vezes o nosso sol é uma gigante, e já começa a vida como gigante vermelha. Ela aquece mais, expulsa mais matéria na forma de um vento solar mais forte, e vive menos, muito menos.

Em apenas alguma centenas de milhões de anos, a estrela consome todo o seu hidrogênio, e entra em colapso. Mas ela é muito maior que o Sol, e quando suas camadas exteriores desmoronarem, elas vão acelerar muito mais,e ricochetear violentamente no núcleo da estrela, explodindo e mais luz do que uma galáxia inteira - se torna uma supernova.

Quando explode como uma supernova as estrelas gigantes formam nebulosas. Só que como as supernovas produzem elementos mais pesados, as nebulosas produzidas por elas têm elementos mais pesados também. Depois de explodir como supernovas, o que sobra da estrela se contrai e, se essa massa remanescente tiver até 1,4 massas solares, se torna uma Anã Branca, terminado seus dias como um diamante.


Nebulosa do Caranguejo remanescente de uma supernova observada pela primeira vez
 em 4 de julho de 1054, durante dois anos, na constelação de Touro, no seu centro 
existe um pulsar que gira cerca de 30 vezes a cada segundo. (Crédito NASA/ESA)





Estrela de Nêutrons (indicada pela seta)
Se a estrela tiver um pouco mais de massa, os elétrons são empurrados contra os prótons que se convertem então em nêutrons, a a estrela vira uma Estrela de Nêutrons ou um Pulsar. Uma estrela de nêutrons pode ter a massa do nosso sol, e ter um diâmetro de 30 km - elas são extremamente compactas.

Mas se a massa remanescente for maior que três massas solares, a atração gravitacional vence tudo, e ela continua "caindo" sobre se núcleo, compactando-se em um corpo tão denso que a gravidade superficial não deixa nem mesmo a luz escapar: é um Buraco Negro.



















Lembra das camadas da estrela gigante expulsas pela explosão de supernova? Depois da explosão, estas camadas vão formando uma casca de gases e poeira, uma nebulosa planetária, rica em elementos químicos.

Esta nebulosa planetária vai se misturar com outras nebulosas resultantes de explosões de outras supernovas, e vai um dia entrar em copaso e formar estrelas em um novo ciclo.

Acredita-se que o Sol tenha se formado de uma nebulosa planetária resultada da explosão da primeira geração de estrelas. Ou seja, o nosso sol representa a segunda reciclagem de material cósmico.

E como a nebulosa que o formou era a mistura dos restos da explosão de várias supernovas, existe uma boa chance que algum átomo de carbono de seu corpo tenha pertencido a várias estrelas. Já pensou nisso?


* pósitron - antipartícula do elétron - carga +1.
* neutrino - partícula sem carga elétrica, é extremamente leve, existe com enorme abundância e interage com a matéria de forma extremamente débil.
* raios gama - tipo de radiação eletromagnética de alta frequência que é produzida por elementos radioativos que se desintegram.


Atividade extracurricular - Alunos de Ciências, Biologia e Química.


Leia com atenção o post acima, observe as figuras, assista ao vídeo; copie e responda as questões abaixo e entregue ao seu professor na sala7.

1-Como as estrelas se originam?
2- Qual o processo responsável pela produção de energia numa estrela?
3- Qual é o principal combustível para a produção de energia numa estrela?
4- Como termina a "vida" de uma estrela com massa dez vezes maior que a massa do Sol?
5- Como se imagina o fim de nossa estrela, o Sol, daqui à cerca de 5 bilhões de anos?


Fontes: mundoeducao.bol.uol.com.br
           nasa.gov
           if.ufrgs.br

terça-feira, 3 de maio de 2016

Gripe H1N1


Com a chegada do outono os dias ficam mais frios. Nesse período, é comum as pessoas ficarem mais próximas e em lugares fechados, o que facilita a disseminação de algumas doenças transmissíveis pelo ar.

Os problemas mais comuns são as infecções respiratórias. Entre as principais, podemos destacar a gripe e o resfriado, que costumam ser confundidas. A gripe é causada pelo vírus Influenza, enquanto os resfriados, por muitos outros, como o rinovírus. A gripe é mais grave. Além dos sintomas do resfriado, como coriza (inflamação das fossas nasais), mal-estar e dor no corpo, costuma dar febre alta e a pessoa fica na cama.

Existem três tipos de vírus Influenza: A,B e C. O vírus influenza C causa apenas infecções respiratórias brandas, não está relacionado com epidemias. O vírus A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus A o responsável pelas grandes pandemias*.

O vírus A é, ainda, classificado de acordo com as proteínas de sua superfície: a hemaglutininas (H) e neuraminidase (N). A proteína H está relacionada ao reconhecimento e infecção das células do trato respiratório, onde o vírus de multiplica; enquanto que a proteína N está envolvida na liberação de partículas virais das superfícies das células infectadas. 

Dentre os subtipos de vírus influenza A, os subtipos A(H1N1) e A(H3N2) circulam atualmente em humanos.

Os vírus da influenza A estão presentes na natureza em várias espécies, incluindo humanos, aves, suínos, cavalos focas e baleias.

A transmissão do vírus se dá através das secreções das vias respiratórias de uma pessoa contaminada ao falar, espirrar ou tossir. A transmissão também ocorre por meio das mãos, que após contato co m superfícies contaminadas por secreções respiratórias de um indivíduo infectado, podem carrear o agente infeccioso diretamente para a boca, nariz e olhos.

O período de incubação varia de 3 a 7 dias.

O período de transmissibilidade em humanos geralmente começa 24 horas antes do início dos sintomas e dura até 5 a 10 dias após o surgimento dos sintomas. Em crianças esse período dura em média 10 dias e em pacientes imunosuprimidos, por mais tempo.

Pessoas de todas as idades são susceptíveis a infecção pelo vírus influenza. Alguns indivíduos estão mais propensos a desenvolverem complicações graves, especialmente aqueles com condições e fatores de risco para agravamento, entre esses: gestantes, adultos com idade maior quer sessenta anos, crianças com idade menor que dois anos e indivíduos que apresentam doença crônica respiratória, cardiopatas, diabetes descompensadas e  imunodepressão.

Esquema do vírus H1N1

Quais os sintomas da influenza A (H1N1)?
São sintomas semelhantes aos da gripe comum: febre alta e tosse, mas em alguns casos também podem aparecer: dor de cabeça e no corpo, garganta inflamada, falta de ar, cansaço, diarréia e vômitos.

Como qualquer gripe pode evoluir para sinusite ou até um quadro pulmonar. Sinais de agravamento podem ser: falta de ar, dores no peito, tontura, confusão mental, fraqueza, desidratação

Existe remédio contra H1N1 por via oral, indicado pela OMS que combate o vírus da influenza a/H1N1. Também existe a vacina contra o H1N1. Outras medidas como repouso, ingestão de líquidos e boa alimentação podem auxiliar a recuperação.

Cubra sempre o nariz e a boca quando espirrar ou tossir. Lave as mão com freqüência com água e sabão. Sempre que possível evite aglomerações ou locais pouco arejados. Mantenha uma boa alimentação e hábitos saudáveis.


Em caso de surto em sua cidade:

à Lavar frequentemente as mãos com bastante água e sabão ou desinfetá-las com álcool gel.

à Jogar fora lenços descartáveis usados para cobrir a boca e o nariz, ao tossir ou espirrar.

à Evitar aglomerações e o contato com pessoas doentes.

à Não levar as mãos aos olhos, boca ou nariz depois de ter tocado em objetos de uso coletivo.

à Não compartilhar copos, talheres ou objetos de uso pessoal, sem higienizá-los.

à Procurar assistência média se surgirem sintomas que possam ser confundidos com os da infecção pelos vírus da influenza tipo A,

* Pandemia: é uma epidemia de doença infecciosa que se espalha entre população localizada em uma grande região geográfica como, por exemplo, um continente, ou mesmo o planeta.

Atividade extracurricular - Alunos de Ciências, Biologia e Química.

Leia com atenção o post acima, observe as figuras, assista ao vídeo; copie e responda as questões abaixo e entregue ao seu professor na sala 7.

1- Por que é mais comum o aparecimento de surto de gripe no outono e inverno?
2- Quais são os três tipos e vírus da influenza e qual deles é responsável por grandes pandemias?
3- Como se dá a transmissão do vírus da gripe?
4- Cite alguns sintomas da gripe H1N1.
5- Qual a maneira mas eficaz para se evitar a gripe H1N1?


Fonte:http://portalsaude.saude.gov.br/