"Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre".(Paulo Freire)

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Charles Darwin e sua Teoria da Evolução

Charles Robert Darwin (1809 – 1882) foi um naturalista britânico que alcançou fama ao convencer a comunidade científica da ocorrência da evolução e propor uma teoria para explicar como ela se dá: através da seleção natural. Esta teoria culminou no que é, agora, considerado o paradigma central para a explicação de diversos fenômenos na biologia.

Em sua viagem de cinco anos a bordo do navio HMS Beagle e escritos posteriores levaram-no ao estudo da diversificação das espécies e, em 1838, ao desenvolvimento da teoria da Seleção Natural.

A rota do Beagle:




Como Darwin chegou à teoria?

Em Galápagos (ilha do Pacífico na costa do Equador), Darwin notou que espécies semelhantes apresentam diferenças ligadas à necessidade de adaptação ao ambiente em que vivem.

O exemplo dos tentilhões é um dos mais famosos.

Essas aves diferem-se pelo formato e tamanho de seus bicos: em algumas espécies, eles são largos e fortes, para facilitar a ingestão de sementes duras. Em outras, os bicos são mais longos e finos, para coletar insetos em fendas.



Como a evolução acontece.

A evolução, como vislumbrada por Darwin, envolve três etapas essenciais:

1. o DNA de um organismo muda ocasionalmente, ou sofre mutação.

2. se a alteração, herdada pela geração seguinte, trouxer vantagens ao organismo, ele irá se reproduzir mais e a mutação será difundida. Se a alteração for prejudicial à sobrevivência da espécie, ela tende a desaparecer (seleção natural).

3. à medida que as mutações ocorrem e se espalham durante um longo tempo, novas espécies são formadas.




A árvore da vida.

No curso de muitos milhões de anos, os processos de mutação e seleção natural criaram espécies de vida que vemos no mundo hoje, das bactérias mais simples até os humanos e tudo o que existe entre os dois.

Ao contrário de outros pensadores de sua época, Darwin acreditava que a evolução não ocorre de forma linear, dos menos desenvolvidos aos mais evoluídos. Essa premissa leva ao grande mito associado ao naturalista, de que o homem evoluiu do macaco.

Para Darwin, nenhum animal pode ser considerado superior a outro. Todos descendem de uma ancestral comum e as novas espécies surgem como ramificação de uma Árvore.


Um exemplo que vivenciamos: antibióticos e resistência bacteriana.

Se você tomar um antibiótico, ele normalmente matará todas as bactérias que atingir durante o curso de uma semana ou dez dias. Você se sentirá melhor em apenas um ou dois dias porque o antibiótico mata rapidamente a maioria das bactérias.

Contudo, pode acontecer de uma das gerações de bactérias conter uma mutação que a torna capaz de sobreviver àquele antibiótico específico. Essa bactéria vai, então, se reproduzir e todos os seus descendentes também serão resistentes a este antibiótico. Por fim, o velho antibiótico não terá mais efeito sobre ela.  Esse processo tem se tornado cada vez mais comum com o passar do tempo e tem preocupado significativamente a comunidade médica.

Por isso não devemos tomar antibióticos sem prescrição médica para não selecionarmos, cada vez mais, as bactérias resistentes a eles.

Assista ao vídeo abaixo produzido pela UFMG:


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