"Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre".(Paulo Freire)

sábado, 2 de maio de 2015

NASA CONCLUIU MISSÃO MESSENGER

A missão para explorar o planeta Mercúrio pela nave Messenger, da NASA, terminou no dia 30 de abril, quando acabou seu combustível e a nave se chocou com a superfície do planeta a 3,91 km/s, criando, provavelmente, uma nova cratera em sua superfície.

A destruição da Messenger sobre o pequeno e escaldante planeta mais próximo do Sol, não foi observado porque a sonda atingiu o lado oculto  do planeta, de modo que um telescópio terrestre não seria capaz de capturar o momento do impacto. Telescópios espaciais, também, foram incapazes de visualizar o impacto, devido ao ofuscamento causado pela proximidade do planeta ao Sol.


Em 30 de abril, esta região da superfície de Mercúrio terá uma nova cratera! Viajando a 3,91 km/s a sonda Messenger irá colidir com a superfície de Mercúrio, criando uma cratera estimada em 16 metros de diâmetro.

Messenger foi lançada no dia 03 de agosto de 2004, e começou a orbitar Mercúrio em 17 de março de 2011. Apesar de ter concluído os seus objetivos científicos principais até março de 2012, a missão foi re-programada duas vezes, permitindo captar imagens e informações sobre o planeta em detalhes sem precedentes.



Esta visão colorida de Mercúrio foi produzida usando imagens do mapa da missão. . Estas cores não são o que Mercúrio se pareceria ao olho humano, mas sim as cores devido à química, a mineralogia e as diferenças físicas entre as rochas que compõem a superfície de Mercúrio. Crédito de imagem:NASA

A sonda Messenger é a primeira a orbitar o planeta Mercúrio e, sete instrumentos científicos da sonda e investigação científica por rádio estão desvendando a história e evolução do planeta mais interno do sistema Solar. Em mais de quatro anos da missão, Messenger obteve mais de 250.000 imagens e outros extensos conjuntos de dados. 




Imagens da sonda Messenger que voou por Mercúrio em outubro de 2008 mostraram regiões previamente desconhecidas do palneta que grande crateras com uma suavidade interna. Crédito de imagem: NASA,JHU,APL, CIW.



Imagem obtida em 23 de abril de 2013, mostra crateras com picos centrais. Crédito de imagem: NASA,JHU,APL,CIW.

Entre as muitas realizações da missão  podemos destacar:

- Água no planeta: A face de Mercúrio voltada para o Sol chega a uma temperatura de 427º C. Para os cientistas foi uma grande surpresa descobrir que em seus polos, o planeta tem toneladas de água e gelo .As medições de radares na Terra sugeriam a existência de água no fundo das crateras, mas foram os dados da Messenger que confirmaram sua existência. Em alguma depressões do terreno a temperatura não passa de 190º C negativos e elas estão repletas de gelo.

- Encolhimento: Os cientista sabiam que o planeta, que tem cerca de um terço do tamanho da Terra, estava encolhendo. No entanto, as primeiras medições da missão revelaram que esse processo ocorre com o dobro da velocidade esperada. Atualmente, o planeta tem um diâmetro de 4.879 km - pouco mais que nossa Lua, que tem 3.275 km.

- Passado vulcânico: A missão mostrou alguns indícios de vulcões. Com a aproximação da sonda de Mercúrio em 2011, os astrônomos puderam ver montanhas e depressões que comprovaram a existência de uma intensa atividade vulcânica nos primeiros bilhões de anos após a formação do planeta. Ao que tudo indica, eles não estão ativos desde então.

- Ferro em seu interior: As primeiras informações a respeito do planeta mostraram que ele é extremamente denso. Uma das explicações, confirmada pela missão, é que seu núcleo é desproporcionalmente grande e rico em ferro, em sua formação sólida e líquida. Por volta de 60% da massa do planeta corresponde a esse núcleo. 

- Campo magnético: Como a Terra, Mercúrio tem um campo magnético ao seu redor, provavelmente criado por seu núcleo repleto de ferro. Isso não acontece em planetas como Vênus ou Marte. A sonda Messenger revelou que esse campo não é regular como o terrestre, irradiado a partir do centro do planeta, mas deslocado. O maior campo de força está próximo do polo norte. Os cientistas esperam que os últimos dados enviados pela sonda ajudem a explicar esse fenômeno, ainda incompreendido.

Assista ao vídeo:





Fonte: www.nasa.gov

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