"Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre".(Paulo Freire)

quarta-feira, 1 de abril de 2015

QUINZE MUDANÇAS QUE NOS FIZERAM HUMANOS

Os humanos são provavelmente a espécie mais curiosa que já existiu.


Temos cérebros muito maiores que os outros animais  e que nos permite construir utensílios, entender conceitos abstratos e usar a linguagem.


Mas também temos pouco pelos, mandíbulas fracas e demoramos para dar à luz.

Como a evolução explica essa criatura extravagante?

1. Viver em grupo

Os primeiros primatas, grupo que inclui macacos e humanos, surgiram pouco depois do desaparecimento dos dinossauros. Muitos começaram rapidamente a viver em grupos para melhor se defenderem de predadores, e isso exigiu de cada animal "negociar" uma rede de amizades, hierarquias e inimizades.


Sendo assim, viver em grupo pode ter impulsionado um aumento da capacidade intelectual.

2. Mais sangue no cérebro

Humanos, chipanzés e gorilas descendem todos de uma espécie desconhecida e extinta de hominídeos.


Neste ancestral, um gene chamado RNF213 evoluiu rapidamente e pode ter estimulado o fluxo de sangue paro o cérebro ao ampliar a artéria carótida.

Nos humanos, as mutações do RNF213 causam a doença de Moyamoya - um estreitamento da carótida que leva ao deterioramento da capacidade cerebral por conta da pouca irrigação do cérebro.

3. A divisão dos primatas

Nossos ancestrais se separam de seus parentes parecidos com os chipanzés há cerca de 7 milhões de anos. No início, tinham uma aparência bem  similar, mas por dentro suas células estavam em marcha.


Os gens ASPM e ARHGAP11B entram em mutação, assim como um segmento do genoma humano chamado HAR1.

Ainda não está claro o que provocou essas modificações, mas o ARHGAP11B eo HAR1 estão associados ao crescimento do córtex cerebral.

4. 'Picos' de açúcar

Depois que a linha evolutiva humana se separou da linha dos chipanzés, dois genes sofreram mutações.



OSLC2A1 e o SLC2A4 formam proteínas que transportam glicose para dentro e para fora das células.

Essas modificações podem ter desviado glicose dos músculos para o cérebro de hominídeos primitivos e é possível que tenha estimulado o crescimento do órgão.

5. Mãos mais hábeis

Nossas mãos são incrivelmente hábeis e nos permitem construir ferramentas ou escrever, entre outras coisas.


Isso pode se dever em parte a um fragmento de DNA chamado HACNS1, que evoluiu rapidamente desde que nossos ancestrais  e os ancestrais dos chipanzés de dividiram.

Não se sabe o que o HACNS1 faz exatamente mas ele contribui para o desenvolvimento de nossos braços e mãos.

6. Mandíbulas fracas: mais espaço para o cérebro

Em comparação com outros primatas, os humanos não podem morder com muita força porque têm músculos mais fracos em volta da mandíbula, bem como mandíbulas menores.



Isso parece ser uma mutação do gene MYH16, que controla a produção de tecido muscular. A mutação ocorreu há pelo menos 5 milhões de anos. 

Mandíbulas pequenas podem ter liberado espaço para o crescimento do cérebro.

7. Dieta variada

Nossos ancestrais mais antigos comiam principalmente frutas, mas espécies posteriores como a Australopithecus ampliam seu cardápio.



Além de se alimentar com uma variedade de plantas. como ervas, comiam mais carne e inclusive a cortavam com ferramentas de pedra.

Mais carne levou ao consumo de mais calorias e menos tempo de mastigação.

8. Pelado, nu com a mão no bolso

Os humanos são quase pelados. Não se sabe a razão, mas isso ocorreu entre 3 e 4 milhões de anos atrás.




Suspeita-se que a perda de pelos tenha ocorrido em resposta à evolução de parasitas como carrapatos.

Exposta ao sol, a pele escureceu e a partir de então todos nossos ancestrais foram negros até que alguns humanos modernos deixaram os trópicos.

9. Um gene da inteligência

Um gene chamado SRGAP2 foi duplicado três vezes em nossos ancestrais e como resultado, células cerebrais teriam desenvolvido mais conexões.




10. Cérebros maiores: primatas pensantes

Os humanos pertencem a um grupo ou gênero de animais conhecidos como Homo. O fóssil mais antigo de Homo foi escavado na Etiópia e tem 2,8 milhões de anos.


A primeira espécie foi possivelmente o Homo habilis, embora cientistas discordem deste argumento

Em comparação com seus ancestrais, esses novos hominídeos tinham cérebros muito maiores.

11. Parto complicado: uma cabeça muito grande

Para os humanos, o parto é mais difícil e perigoso. Diferentemente de outros primatas , as mães quase sempre precisam de ajuda.



Caminhar sobre duas pernas fez com que as fêmeas humanas tenham um canal pélvico mais estreito e a passagem de um bebê humano com a cabeça maior que a de seus ancestrais ficou dificultada.

Para compensar esse problema, bebês humanos nascem pequeno e indefesos.

12. Controle do fogo

Ninguém sabe quando os humanos aprenderam a controlar o fogo.

A evidência mais antiga do uso do fogo está na Caverna de Wonderwerk, na África do Sul, que contém cinzas fossilizadas e ossos queimados datando de um milhão de anos.



Mas alguns especialistas afirmam que o fato do homem já ser capaz de processar alimentos há mais tempo do que isso, poderia incluir o ato de cozinhar.

13. O dom da fala

Todos os grandes hominídeos têm sacos de ar em seus tratos vocais, o que permite emitir fortes gritos.



Mas não os humanos, porque essas bolsas não permitem produzir diferentes sons. Nosso ancestrais , aparentemente, perderam os sacos de ar antes de se separar em termos evolucionários da espécie Neanderthal, o que sugere que eles também podiam falar.

14. Um gene par a linguagem

Algumas pessoa têm uma mutação em um gene chamado FOXP2. Como resultado, custa a elas entender gramática e pronunciar palavras.



Isso sugere que o FOXP2 é crucial para aprender o uso da linguagem.

15. Saliva reforçada para comer carboidrato

A saliva humana contém uma enzima chamada amilase, fabricada pelo gene AMY1, e que digere amidos. Os homens modernos cujos ancestrais foram agricultores têm mais cópias do AMY1 que aqueles cujos ancestrais eram caçadores, por exemplo.




Esse reforço digestivo pode ter ajudado a dar início ao cultivo, aos povoados e às sociedades modernas.

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/

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