"Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre".(Paulo Freire)

sábado, 25 de abril de 2015

TELESCÓPIO HUBBLE - 25 ANOS NO ESPAÇO

Uma nova janela  do universo se abriu para a humanidade, na manhã do dia 24 de abril de 1990, quando o telescópio espacial Hubble, da NASA, foi levado para o espaço pelo ônibus espacial Discovery.

"Nem mesmo uma pessoa otimista em 1990, poderia prever que Hubble reescreveria a nossa astrofísica e manuais de ciência planetária", disse Charki Bolden administrador da NASA e piloto da missão que levou Hubble em órbita. "Um quarto de século mais tarde o Hubble alterou, fundamentalmente, a compreensão humana do universo e o nosso lugar nele."

O retorno científico do Hubble foi imensurável; ele nos mostrou o universo como nunca imaginamos.

"Hubble mudou o curso da ciência com suas descobertas e nos mostrou a profundidade e a beleza do universo" disse John Grunsfeld, astronauta e administrador associado da NASA. "Com suas novas observações e os tesouros guardados nos arquivos, Hubble vai continuar a desvendar os mistérios do cosmos nos próximos anos".

Acima da atmosfera terrestre, o Hubble fornece uma visão melhor do "super-arco-iris" do universo: a partir da luz ultravioleta, da luz visível e da luz infravermelha. Fantásticas imagens revelam a beleza e distúrbios cataclísmicos através de uma "tapeçaria" cósmica inimaginavelmente profunda. Combinado com os poderes dos grandes observatórios da NASA, Chandra, Spitzer e pelo Observatório Compton Gamma Ray, Huble pintou um retrato do sistema solar e além disso mudou para sempre a nossa visão da astronomia.

Inicialmente encarregado de medir a taxa de expansão do universo, de descobrir galáxias muito distantes, e de investigar os buracos negros, a pesquisa de Hubble já cobriu quase todas as fronteiras no espaço profundo: a taxa de expansão e aceleração do universo, a aparente ligação entre a massa da galáxia e a massa do buraco negro central; formação de galáxias logo após o Big Bang; eventos transitórios estranhos no espaço; e a química e a potencial habitabilidade de planetas orbitando outras estrelas.

Longas exposições do universo pelo Hubble têm, agora, revelado uma "zona desconhecida" de objetos intrigantes, explosões violentas e tumultuadas colisões de galáxias. Elas contam a história da evolução do universo desde o Big Bang.

Hubble também forneceu uma visão fascinante da dinâmica do nosso próprio sistema solar, revelando asteroides que colidiram, mudando auroras e o tempo em planetas e luas, e até mesmo permitindo a detecção de luas desconhecidas.

Mais do que ser uma ferramenta para os astrônomos, o Hubble é o telescópio do povo. É um dos instrumentos científicos mais influentes já construídos, revigorando e remodelando o que o mundo percebe como espaço sideral. Suas imagens e descobertas têm propiciado a imaginação de pessoas em todo o mundo. Hubble também melhorou substancialmente  a ciências, tecnologia, engenharia e matemática e a educação. Seus materiais de educação são usados por meio milhão de professores e seis milhões de estudantes nos Estados Unidos.

Graças a cinco missões do ônibus espacial e às 32 caminhadas dos astronautas,  grandes números de cientistas, engenheiros e funcionários trabalharam no Hubble. Ele ultrapassou o tempo previsto de funcionamento, que seria até 2005. Os recursos científicos do Hubble são mais poderosos do que quando ele foi lançado em 1990, pois os  instrumentos foram atualizados, computadores e sistemas de controle, hoje operam com desempenho superior.

Com o apoio da ESA (Agência Espacial Europeia) , Hubble tem servido como um pioneiro para o planejamento do próximo grande passo da humanidade no cosmos. Ou seja o Telescópio Espacial James Webb (JWST), uma parceria com a ESA e a Agência Espacial Canadense, que está agendado para lançamento em 2018 e vai observar mais além que o Hubble. O JWST vai revelar galáxias nascentes dos primeiros 200 milhões de anos após o Big Bang. Ele também irá perscrutar profundamente a formação dos discos planetários, de poeira em torno de estrelas jovens que o Hubble, muitas vezes, só vê a silhueta e, ainda,  ampliar o conhecimento sobres os planetas que orbitam outras estrelas.


Veja algumas imagens obtidas pelo Hubble:




A "tapeçaria"  brilhante de estrelas jovens do aglomerado Westerlund 2.


Perto da periferia da Pequena Nuvem de Magalhães,  uma galáxia satélite da Terra,  a cerca de 200 mil anos-luz. Cercado por gases e poeiras, a NGC 602 é destaque nesta imagem de Hubble dessa região.


Esta imagem mostra  impressionante aglomerado globular NGC 6535, situado a 22 mil anos-luz, na constelação da Serpente. NGC 6535 foi descoberta em 1852 pelo  astrônomo John Russel Hind. Ele teria observado o aglomerado como uma pequena mancha tênue através de seu telescópio. Agora, mais de 160 anos depois, os instrumentos do Telescópio Hubble permitem-nos observar o aglomerado e os seus conteúdos com mais detalhe.


Esta imagem mostra o centro do aglomerado globular Messier 22, como observado pelo Hubble. Aglomerados globulares são formados por enumeras estrelas densamente empacotadas, relíquias dos primeiros anos do universo, com idade de 12 a 13 bilhões de anos. Ele é muito velho, considerando que o Universo tem cerca de 13,8 bilhões de anos.


Esta foto mostra quatro luas de Saturno em movimento na órbita do planeta.


Esta imagem mostra a galáxia NGC 1566, uma bela galáxia localizada a aproximadamente 40 milhões de anos-luz na constelação de Dourado.


"Montanha Mística", como é chamada a nebulosa Carina.


O Planeta Saturno visto pelo Hubble.


Fonte: www.nasa.gov

Nenhum comentário:

Postar um comentário